É a pedra da energia criativa. Símbolo do amor e da paixão incondicional. Dedicado aos aspectos mais elevados do “Eu”, o rubi reforça a confiança, aumenta a flexibilidade, a vitalidade e o poder de liderança. Também evoca inspiração e prosperidade. Talvez por estas propriedades místicas que o homem lhe conferiu durante séculos a representação das profissões de advogado, bombeiro, oficial de justiça e jornalista.
O rubi pertence a uma família de mineral denominado de coríndom (corundum – em inglês) cuja fórmula básica é Al2O3 – óxido de alumínio. Este mineral, coríndom, é encontrado na natureza em todas as cores e tonalidades do spectro. Quando ele mostra a sua cor vermelha é denominado de rubi. Nas outras cores, é denominado de safira. Safira rosa, azul, violácea, amarela, verde e assim por adiante. O nome rubi advém do latim – ruber – que significa vermelho. Então… rubis e safiras são, praticamente, irmãos. O que os diferencia entre si, basicamente, são apenas as suas cores, que são influenciadas por traços de elementos químicos impregnados durante seu crescimento. No caso do rubi, o cromo e o ferro.
Considerada uma das gemas mais importantes na história da gemologia, seus primeiros registros da mineração datam de, ao menos, 2.500 anos atrás, no Sri Lanka, antigo Ceilão. No entanto, ferramentas pré-históricas encontradas perto das áreas de mineração da Birmânia, também Myanmar, sugerem que o fascínio do homem pelos rubis antecede há 5.000 anos.
Na antiguidade, a pedra foi muito ligada às religiões e à espiritualidade. Por este motivo é que podemos verificar sua menção por, no mínimo, quatro vezes na Bíblia e sempre associado à sabedoria. Já os Hindus o chamavam de Ratnaraj, traduzida do sânscrito como o “rei das pedras preciosas”. Eles acreditavam que se oferecessem rubis de boa qualidade à Krishna, poderiam reencarnar em outra vida como grandes imperadores. Alguns textos sânscritos mencionam o rubi como a mais preciosa entre as 12 pedras criadas por Deus. A fama de pedra mais valiosa perdurou até o período medieval, que até então, era considerada mais valiosa do que um diamante. No século XVI, o preço do rubi era em média 10 vezes maior do que o de outras gemas. Diz umas das lendas sobre o rubi que o imperador Mongol Kublai Khan, em uma ocasião, ofereceu uma cidade inteira em troca de um único rubi de tamanho e qualidade bastante expressivos.
Em 1915, o mineralogista George Kunz relatou ter ouvido uma lenda sobre a origem dos rubis em Mogok, na Birmânia (Myanmar). A história diz que, há cerca de 2000 anos atrás, uma serpente colocou três ovos. O primeiro ovo deu à luz ao Rei de Bagan, o segundo ao imperador da China, e dentro do terceiro ovo estavam os rubis que mais tarde foram encontrados nas minas de Mogok, conta a história.
Até o início do século XIX, outro mineral, o espinélio, na cor vermelha, era confundido com o rubi. Alguns espinélios se tornaram famosos no mundo da gemologia por ocuparem posições importantes nas joias de reis, rainhas e imperadores. É o caso do Rubi Príncipe Negro e o Rubi Timur, ambos espinélios vermelhos que se passaram por rubis por um longo tempo. O primeiro foi colocado no centro da coroa imperial britânica, da rainha Vitória em 1837. O segundo, apossado pelos britânicos em 1612, veio adornar um colar, também da rainha Vitória em 1853. A identificação correta destes minerais somente veio acontecer após o ano de 1898, quando a rainha Vitória, desconfiada de uma repentina e generosa oferta no mercado de rubis de tamanhos expressivos e de boa qualidade, formou um grupo de alquimistas e estudiosos da ciência da natureza, a fim de encontrarem uma maneira de identificar e separar os minerais verdadeiros de suas imitações. Daí surgiu a ciência da gemologia!
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