No início dos anos 2000, começou a circular no mundo das grandes joalherias umas das gemas mais raras do Mundo: a Turmalina Paraíba. Depois de alguns anos, também descoberta na Nigéria e Moçambique passou a ser chamada, apenas, de Paraíba. A Paraíba é uma derivação da turmalina. A principal diferença dela para as outras turmalinas é que em sua fórmula química tem a presença de cobre ou manganês. Esses elementos são os responsáveis por esta cor viva ou neon.
Através de uma grande campanha de divulgação, principalmente, nos eventos internacionais e na mídia voltada para os excêntricos colecionadores de gemas raras, as Paraíbas se tornaram o frisson das grandes joalherias. As minas de S.J. da Batalha no Estado da Paraíba e a de Parelhas, no Rio Grande do Norte, estavam “bombando” entre 2005 e 2010. A crise internacional de 2008 passou longe de ameaçar as pretensões da burguesia em possuir uma Paraíba brasileira.
Seus preços ascenderam de forma meteórica após o mercado obter a certeza de que a qualidade das Paraíbas africanas não fazia frente às brasileiras, consideradas como excepcionais, no quesito “cor”. A diferença dos valores cobrados entre as brasileiras e as africanas pode chegar a 300%, se comparadas com o mesmo tamanho, cor e pureza. As brasileiras de qualidade excepcionais, mais conhecidas como Heitoritas, chegam a ser comercializadas a valores próximos dos 7 dígitos. O sucesso das Paraíbas como desejos de consumo da classe A+, rotulou esta mercadoria como termômetro na demonstração de poder econômico e posição social. Mas o que o público consumidor ainda não foi informado pelos comerciantes foi sobre os fatores que determinam a variação do preço desta gema, tal como a origem (brasileira ou africana), a cor e suas tonalidades, o tamanho e a pureza. Não é ter uma Paraíba no pescoço, dedo ou orelhas que irá incluir o usuário no Hall of Fame dos poderosos da sociedade brasileira. Para tal, a gema deve apresentar qualidade explícita!
A grande demanda trouxe também para o mercado as opções dos “genéricos”, para satisfazer o sonho de consumo daqueles menos abastados. As Apatitas nas cores verdes e azul neon, além das turmalinas azuladas sem a presença de cobre, são comercializadas montadas em joias de ouro, idealizadas por designers, a preços bem mais modestos. Uma vez montadas em joias de alto padrão, tais imitações passam por Paraíbas aos olhos de comerciantes e gemólogos pouco experientes. Por este simples motivo é que recomendados que uma Paraíba, independente de sua qualidade ou origem, deve sempre estar acompanhada do Certificado de Autenticidade. A finalidade do certificado é para se assegurar de que, realmente, adquiriu uma gema rara e que sua qualidade preencheu as suas expectativas no quesito preço, pelo qual pagou. Esse documento irá fazer a diferença no futuro caso tal peça tenha que ser, um dia, analisada como “reserva de valor”.
Uma Turmalina Paraíba de alta qualidade é mais rara do que um diamante incolor, se levarmos em conta a quantidade ofertada no mercado e o material ínsito (em depósitos geológicos ainda não extraídos). Considerando o fato de que as principais minas da região de Salgadinho (PB) e Parelhas (RN) estão, praticamente, exauridas, os preços tendem a galgar um patamar mais elevado quando se tratar de Paraíbas de origem brasileiras e de qualidade excepcional.
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