Gema de tradição internacional, as safiras azuis é, comprovadamente, adorada e cobiçada desde 550 a. C., aproximadamente, onde poderosos imperadores do Oriente ostentavam grandes pedras de cor azul de uma tonalidade fascinante. Joalheiros contemporâneos denominaram essa tonalidade rara de azul púrpuro límpido, totalmente diferenciado das centenas de outra do azul já existentes, de “safira azul real” (royal blue sapphire).
Durante a Idade Média, as safiras eram encontradas, principalmente, na região montanhosa da República da Índia, fronteira com o Paquistão, hoje denominada de Caxemira. Essa região, assim como toda a Ásia Meridional, incluindo o Ceilão e a Birmânia, já foram no passado possessões grega, persa, árabe, afegã, mongol e turca. Hoje em dia, essa faixa geográfica é conhecida pelo seu grande potencial gemológico e de conflitos religiosos. Daí podemos entender os motivos pelos quais os grandes imperadores da Ásia central e meridional esbanjavam enormes rubis, safiras, diamantes e esmeraldas de excelentes qualidades em suas indumentárias, coroas, palácios e ornamentos religiosos.
Gemologicamente falando, as safiras são encontradas em diversas cores como azul, púrpura, amarela, alaranjada, verde, marrom, rosa e incolor, menos na cor vermelha, pois esta é denominada de rubi. A de tonalidade rosa-alaranjado é muito rara – quando sua cor for de origem natural – e é denominada de Padparadscha (fala-se como se lê), que significa em cingalês “ flor de lótus”. Porém, para o mercado joalheiro internacional, a cor mais cobiçada e comercializada entre as safiras, ainda é a de cor azul, como a do anel que pertenceu á Princesa Diana e que, recentemente, foi exibido no dedo da esposa do Príncipe William, Princesa Kate Middleton.
As principais ocorrências (minas) por ordem de importância de “ quantidade X qualidade” que irá incidir diretamente no fator preço desta gema são: Caxemira (Índia), Myanmar (Birmânia), SriLanka (Ceilão), Madagascar, Tailândia, Austrália e Estados Unidos. O Brasil, apesar de recentes descobertas de ocorrência em rubis e safiras em determinadas regiões, não atende à importância mínima de qualidade e quantidade comercial para suprir a demanda internacional. Apenas para comparação do fator preço e raridade dessa gema de tradição milenar, em abril de 2007 foi arrematado no leilão da Christie´s de Nova York uma espetacular safira azul, de Caxemira, de tonalidade royal blue, com 22 quilates e textura aveludada, pela cifra de US$ 2,9 milhões.
Devido à grande demanda e a pequena produção de gemas de boa qualidade, foram desenvolvidos inúmeros artifícios para melhorara cor e a transparência dessa gema. Alguns desses tratamentos são aceitáveis pelo mercado, outros não. Existem safiras grandes, bonitas, caras e baratas comercializadas em todo o mundo, mas sabemos que, gatos – em determinadas situações – são vendidos como lebres.
O mercado internacional está impregnado de gemas sintéticas – produzidas 100% em laboratório – ou tratadas de forma inaceitável com o intuito de aparentar qualidade superior à sua realidade e também, não podemos descartar, as imitações de gemas que, no caso, imitam as safiras, somente, na cor. Por estas razões é que André Leite recomenda que “ é sempre bom ter o mínimo de conhecimento sobre o tema (gemas e joias) ou o certificado de garantia emitido por um gemólogo de credibilidade, se pensamos em adquirir gemas e joias como reserva de valor”.
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